sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Nome de Gadeia é envolvido em confusão em hotel no MA, mas CBFS nega participação

Um homem, identificado como Elias da Silva Leite, de 18 anos, registrou queixa de ameaça e lesão corporal contra três jogadores da seleção brasileira de futsal. O episódio aconteceu na madrugada da última segunda-feira (30/01), em São Luis (MA), onde os hexacampeões mundiais estavam hospedados. Horas antes, o time do Brasil havia derrotado o selecionado do Maranhão por 6 a 4, em amistoso preparatório para as eliminatórias da Copa do Mundo. A Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) negou o denúncia feita pela suposta vítima e prometeu entrar com uma ação contra o jovem, dependendo do desenrolar do caso.

Os jogadores citados na denúncia são o fixo Ciço, do Orlândia, o ala Ari, do Barcelona, e o ala Gadeia, do Marechal Rondon. Segundo Elias, ele teria sido perseguido pelo trio nas dependências do hotel Praia Mar, no bairro de Ponta D'Areia. Os jogadores estariam alcoolizados e teriam confundido-o com um assaltante.

“De acordo com a vítima, o fato ocorreu às 2h desta segunda-feira, quando este estava chegando ao hotel e se deparou com os jogadores. Os atletas estavam visivelmente alcoolizados e o ameaçaram. O jovem se assustou, correu pelo hotel e pulou do segundo andar, sofrendo escoriações na queda. Enviei um ofício à Federação Maranhense de Futsal, convocando os três para prestarem depoimento, mas eles não vieram. Caso não venham esclarecer o caso, poderemos até pedir a prisão preventiva dos três jogadores”, afirmou o delegado titular da 9ª DP de São Luis, Jefferson Nepomuceno.

A CBFS contesta a veracidade da denúncia. Segundo a entidade, quem provocou a confusão no hotel foi o próprio jovem, que, estaria batendo nas portas de vários apartamentos para perturbar o sono dos hóspedes. A entidade ressalta ainda que Gadeia e Ciço sequer saíram do hotel naquela noite.

“Não estava presente no local, pois tive uma reunião em outra cidade naquele dia, mas apurei tudo com jogadores e comissão técnica. A maioria dos jogadores estavam dormindo e alguns estavam na rua, pois foram liberados para saírem até às 3h. Por volta das 2h, um sujeito começou a bater na porta dos quartos para incomodar os atletas. Interfonaram para a recepção e nada foi feito. Então, alguns atletas foram no corredor ver o que estava acontecendo. Foi quando o Ari chegou e se deparou com o rapaz, que fugiu desesperadamente pelo hotel”, relatou o supervisor de seleções da CBFS, Reinaldo Simões.

Na opinião do dirigente, o fato pode ter acontecido por razões políticas e promete retaliações, caso toda a verdade do episódio seja descoberta. De acordo com Simões, há pessoas interessadas em arranharem a imagem da entidade com os seus patrocinadores.

“Essa história foi plantada por uma pessoa que quer ganhar fama às custas da seleção brasileira ou que quer prejudicar o trabalho dos que aqui estão. Não há provas de imagem contra os jogadores. Até agora não sabemos nem detalhes da acusação”, destacou o supervisor.

Nesta sexta-feira (03/02), a CBFS enviará um advogado a São Luis para prestar esclarecimentos sobre o caso. Procurada pelo GLOBOEPORTE.COM, a gerência do hotel Praia Mar não foi encontrada. Neste sábado, o Brasil enfrenta a seleção do Ceará, em Fortaleza, no quarto jogo da série de amistosos pelo Norte e Nordeste do país.

Fonte: Globoesporte

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